quinta-feira, 19 de maio de 2011

Quando a flacidez vira um caso cirúrgico

Se ela estiver muito acentuada, é necessário mais do que uma rotina de exercícios e alimentação apropriada para solucionar a questão



O sonho de quem está acima do peso é emagrecer. Mas, após atingir o peso ideal, os esforços para chegar à boa forma devem continuar. “O empenho para eliminar as gorduras surte efeitos. Muitas mulheres continuam insatisfeitas com o aspecto do corpo, devido à flacidez evidente”, comenta o cirurgião plástico Ruben Penteado, do Centro de Medicina Integrada, de São Paulo.
O que é flacidez?
É um termo que se usa de maneira genérica para traduzir alguns tipos de problema da pele.  A mulher, por volta dos 30 anos, começa a observar a flacidez nas coxas e nos glúteos, regiões nas quais a celulite está mais evidente e há certa perda de colágeno.
Além da parte inferior do corpo, a flacidez atinge a face. “Em geral, atinge mulheres em torno dos 40 anos, momento em que elas percebem alterações no contorno do rosto e na lateral da bochecha”, diz Penteado.
Os músculos, em especial, ficam flácidos principalmente por causa da falta de exercícios físicos, ficando atrofiados. Já na pele, ocorre quando as fibras de colágeno e elastina são afetadas pela falta de nutrientes ou oxigenação.
“Entre as causas principais está o efeito sanfona, sedentarismo, alimentação inadequada, fumo e o inevitável avanço da idade, já que, com o passar do tempo, o colágeno e a elastina começam a enfraquecer naturalmente”, explica o médico.
Segundo ele, há também aquelas pessoas que, mesmo jovens, apresentam alguns sinais de flacidez no corpo devido ao fator genético. “Ela atinge mais mulheres do que homens, porque os hormônios femininos favorecem os depósitos de gordura que são responsáveis pelas formas arredondadas do corpo”.
Cremes
O mercado dispõe de diversos produtos que prometem resolver esse incômodo. Muitos deles contêm cafeína ou aminofilina na composição. “Quando você adiciona um desses produtos a um cosmético, os vasos sanguíneos se contraem. Estas substâncias funcionam como vasoconstritores. Este é o truque para fazer a pele parecer menos inchada, após muitas aplicações”, ressalta Penteado.
Para surtir algum efeito é preciso usar esses cremes por pelo menos 4 ou 5 semanas. “É necessário esclarecer melhor às pessoas que não se deve criar grandes expectativas em relação ao uso destes produtos”, alerta o cirurgião plástico.
Cirurgia
Quando a flacidez é muito acentuada, é necessário mais do que uma rotina de exercícios e alimentação apropriada para solucionar a questão. “Após cuidadosa avaliação médica, é possível identificar casos que só podem ser resolvidos mesmo por meio de uma intervenção cirúrgica”.
O procedimento cirúrgico para correção da flacidez é seguro e feito, em geral, nas regiões da face, abdômen, mamas, coxas e braços. Durante a cirurgia, o excesso de pele e a gordura são retirados.
“Este é o caso do lifting, por exemplo, uma técnica que, basicamente, retira o excesso de pele e puxa para cima o que sobrou de tecido para acabar com a flacidez e com a queda de determinada região”, explica o médico.
O lifting é feito, geralmente, sob anestesia geral. No pós-operatório, o paciente deve evitar dirigir por 14 dias, esforços por 30 dias e sol por 45 dias. E deve fazer drenagem linfática. Geralmente, os resultados começam a ser percebidos em 30 dias, mas a cicatriz demora cerca de 6 meses para amadurecer e clarear.
“No caso específico do lifting de braços, é preciso evitar erguer os braços por 21 dias, carregar peso por 45 dias e musculação por 60 dias. Quando o lifting é feito nas coxas, deve-se evitar abrir muito as pernas, por 21 dias, caminhadas, por pelo menos 30 dias, e musculação e corridas por até 60 dias. Já para o lifting facial, a indicação é fazer compressas geladas nas pálpebras por 48 horas, além de não  tingir os cabelos e/ou tomar banhos quentes por 21 dias”, finaliza Penteado.

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